31 de março de 2011

Pra variar...

...estou confusa com alguma coisa.
Dessa vez, eu nem sei ao certo qual o motivo da minha confusão. Sei que eu sinto isso.

Acontecem tantas coisas intensas em tão pouco tempo que, sinceramente, eu não sei se tenho tanto tempo assim disponível para ficar confusa.

Constantemente eu escuto da minha própria família que eu sou uma pessoa triste, com problemas e infeliz (isso porque eu não quis anotar tudo o que já foi falado). Quem são eles para saberem e julgarem o que eu sinto ou deixo de sentir? O que fazer quando, eu me sinto feliz e realizada em vários sentidos da minha vida e alguém, que deveria te apoiar, insiste em "jogar um balde de água fria"?

Pensarei nisso esses dias, e depois, coloco qual foi a opinião formada.

28 de novembro de 2010

- Buscas e finalmente...O Luto -

Após algum tempo, resolvi voltar.
É impressionante como eu sempre posto nesse blog quando algo me perturba. E nesses últimos meses, algumas coisas me perturbam, porém, faltava uma organização mental para conseguir escrever. Desde então, trabalhei muito para organizar a mente, algumas coisas aconteceram que desorganizaram tudo de novo, mas acho que agora, eu esteja arrumando as coisas de novo.
Só para variar um pouco, estou em conflito comigo mesma, com o rumo que a minha vida tomou e dessa vez, eu resolvi que faria algo para melhorar minha situação. Muitos me aconselham constantemente a voltar a fazer terapia, mas eu acho que, durante os 10 longos anos que eu fiz, eu pude aprender várias coisas à meu respeito que podem me "segurar" durante esses altos e baixos emocionais. E, ao invés de ouvir esses conselhos, eu resolvi que eu mesma preciso aprender algumas outras coisas, não à meu respeito, mas sim sobre comportamento e psicologia, primeiro para que eu consiga lidar melhor com algumas coisas e segundo, porque talvez seja uma forma de me aproximar do meu sonho. Sendo assim, resolvi pegar alguns livros da minha tia (formada em psicologia alguns anos atrás), comprei "O Mundo de Sofia" e decidi aprender, pensar, crescer.
Infelizmente, eu não tenho disciplina o suficiente para ler...e parei.
Porém, no começo do mês, um acontecimento que para muitos seria insignificante, na minha vida foi triste e abalou fortemente minha estrutura.
Desde quando eu nasci, eu tinha o habito de chupar o dedo e além disso, eu mexia no meu cabelo, fazendo nós e arrancando. Só que, isso começou a criar falhas no meu cabelo e foi quando, minha mãe comprou uma boneca, a Moranguinho...isso, quando eu era pequenininha, acho que os anos 90 ainda nem tinham começado. Com o passar do tempo, só me restou a cabeça da boneca, porque o resto, eu arranquei. Em 1996, uma moça que trabalhava na minha casa, jogou ela fora, de propósito (sim, todos que faziam parte da minha vida, sabiam da importância daquela "cabeça"). O problema foi: eu estava indo viajar para o EUA e sem a boneca, nada feito. Então, a minha mãe foi comigo na D.B.Brinquedos e comprou uma nova boneca. No caminho para o aeroporto, nos encarregamos de deixar apenas a cabeça da boneca, para que eu conseguisse me adaptar. Viajei tranqüilamente e os anos passaram, e aquela "boneca"passou a fazer parte da minha vida e da minha família. Ela, a "cabeça"era parte de mim, era um laço com a minha mãe, até porque, desde 1997, eu já não morava mais com ela.
Quando a minha mãe faleceu em 2001, a "cabeça" passou, de um modo estranho, a ser um objeto que me deixava segura. Com ela por perto, tudo estava certo, porque parecia que de alguma forma, minha mãe estava presente. E assim, minha vida após a morte da minha mãe seguiu. Eis que, no começo do mês, contratamos uma nova pessoa pra trabalhar aqui em casa e eu cometi o grande erro de não explicar para ela o que era aquela "cabeça". E sim, no primeiro dia de trabalho, ela fez o grande favor de jogá-la fora.
E com isso, meu mundo caiu.
No momento em que eu comecei a procurar desesperadamente a boneca, eu chorava, chorava e chorava. Desde então, eu choro todos os dias, não consigo dormir...estou sofrendo. Mas eu não entendia o motivo, até que eu resolvi analisar as coisas: com a perda da boneca, finalmente eu senti a perda da minha mãe.
Sim, claro que quando ela morreu eu sofri, chorei, mas não vivi o luto como eu deveria, afinal, muitas coisas aconteciam na minha vida: minha melhor amiga entrou em depressão e a mãe dela, levou ela na igreja, em uma coisa lá de descarrego e a menina ficou louca e sim, eu entrei na loucura pra ajudar ela. Aí, terminou 2001, eu mudei de escola, tinha meu ilustre pai querendo ser meu pai, minha vida estava complicada. E eu continuei a viver. Claro que tudo tem sequelas e eu não aguentei: entrei em depressão, tomei remédios fortes aos 16 anos, mas...sempre mascarando tudo. E de uma forma inexplicável, a morte da minha mãe virou segundo plano.
Hoje, com todas as reviravoltas da minha vida, eu me sinto muito culpada de não ter sofrido como deveria, acho que não foi justo comigo mesma ter passado por cima dos estágios do luto. Eu sei que a minha mãe morreu, mas eu não sinto isso. Todos os dias, sem exceção eu penso que ela ainda vai voltar ou pelo menos me ligar.
Com isso, eu decidi algumas coisas: eu vou ao cemitério visitar a minha mãe e eu espero que eu consiga acreditar que ela morreu. Também decidi que eu vou cuidar da minha vida como ela deve ser cuidada, afinal tenho 23 anos. Vou ler o livro de psicologia da minha tia.
Espero fazer com que as coisas funcionem dessa vez.
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Obrigada!

22 de novembro de 2009

Amanda, todos fazemos escolhas erradas...

...Sim, todos fazemos. Mas o que dizer de escolhas que afetarão nossas vidas para sempre? O que dizer de esquecer nossos sonhos e conviver com a frustração pro resto da vida?

Fato: fazemos uma das escolhas mais importantes da nossa vida em um dos momentos mais imaturos que atravessamos.

Aos 17 ou 18 anos, somos praticamente obrigados a escolher o que queremos "ser quando crescermos". Nesse momento da vida, a minha maior preocupação era: eu vou passar de ano na escola? Meus amigos ainda vão falar comigo quando o colégio terminar? Será que eu consigo passar no exame prático de primeira ou vou ter que pagar? Ok, eu prestei FUVEST, mas cara, desde quando psicologia é um curso de Biológicas?

Claro que, eu tinha outras preocupações além dessas, do tipo: minha tia vai embora pros EUA e meu irmãozinho vai com ela. Em seguida, minha tia descobre um câncer que poderia matar ela. E exatamente no dia em que eu fiz 18 anos. Com todas essas mudanças, eu parei o cursinho. E eu ia embora com meu irmão e minha tia. E de repente, tudo mudou.

Ninguém foi embora. A preocupação maior era: minha tia vai sobreviver a essa doença maldita?

Só que infelizmente, a vida não para e espera a resolução dos problemas para criar outros. E sim, veio a pergunta: quando e onde você vai prestar vestibular? O melhor de tudo, é que essa pergunta foi feita em Julho, exatamente quando a maioria das faculdades tinha encerrado as provas. E para minha sorte, eu ainda fazia terapia, e graças a ela, eu pude organizar meus pensamentos e decidir que curso fazer e qual vestibular prestar e tudo isso em uma semana. Como eu fiz o maldito colegial técnico de Publicidade, pensei: vou fazer faculdade disso mesmo.

Pronto, estava tomada a decisão que, 4 anos depois me tornaria uma pessoa frustrada. Onde eu estava com a cabeça ao escolher isso? Por que eu não escolhi o curso que há anos eu sonhava, a Psicologia? Eu sinceramente não me lembro, mas me arrependo profundamente. Hoje, aqui estou eu, uma Publicitária, pensando sobre o futuro. O futuro frustrado, de uma pessoa que não poderá realizar seu sonho tão cedo, se realizar.

O grande problema agora é: como lidar com isso? Como lidar com essa frustração imensa, que gera uma sensação de impotência, insegurança, medo.

O mais legal, é ouvir o seguinte: tantas pessoas não trabalham com o que estudaram, é normal. E eu me pergunto então, para que fazer faculdade? Eu economizaria muito tempo e muito dinheiro.

Esse ano, eu estou fazendo uma coleção de escolhas erradas. Desde escolhas de palavras durante uma conversa, ao ponto de magoar alguém até mesmo escolhas na minha carreira, como por exemplo no dia em que eu pedi demissão do emprego seguro que eu tinha e era reconhecida como uma pessoa fundamental na empresa. Mais uma vez, onde eu estava com a cabeça?

Fatos: Escolhas erradas. Decepções. Frustrações. Insegurança. Medo. Mudanças. CRESCIMENTO.

"Amanda, todos fazemos escolhas erradas....e faz parte de crescermos lidarmos com as frustrações da vida. Tudo vai dar certo, se você se dedicar, e for uma pessoa humilde e honesta. Você confia em mim?"

Obrigada.

28 de agosto de 2009

- Angústia -

Sigmund Freud, pai da Psicanálise, realizou estudos sobre o problema da angústia. Ele afirmou que vivemos um profundo mal-estar provocado pelo avanço do capitalismo. Neste ínterim, se faz mister observar o quão sucestível o Ocidente está às doenças próprias desse sistema econômico, tais como a esquizofrenia. Contudo, a mais eminente colaboração da Psicanálise para essa temática pode ser percebida na sua análise do aparelho psíquico: um conflito interno entre três instâncias psíquicas fundamentais ao equilíbrio do ser: as vontades (Id) vivem em constante atrito com o instinto repressor (Superego). O balanço entre as vontades e as repressões tem que ser buscado pelo Ego, a consciência. É o Ego que analisa a possibilidade real de por em prática uma ação desejada pelo Id. Não obstante, controla o excessivo rigor imposto pelo Superego. A esse conflito entre o Id e o Superego, Freud denominou angústia. Cabe ao Ego, portanto, a busca de um equilíbrio entre estas partes do psíquico e, não obstante, entre o sujeito e o todo social."
"Pessoas que apresentam o quadro de angústia sem acompanhamento profissional, desenvolvem outros distúrbios emocionais, tais como cansaço físico-mental, abaixamento da auto-estima
e comportamentos inadequados"

Realmente, Freud era uma pessoa que sabia o que falava. Definitivamente, eu preciso estudar melhor sobre ele. Mas voltando ao tema principal, a Angústia.

É um sentimento extremamente profundo e que foge ao nosso controle. É um sentimento abstrato e que "escurece"nossas vidas de tal forma, que a luz, parece ser inatingível.

Cada um tem suas próprias angústias, condizentes com sua realidade.

Uns são angustiados por serem sobreviventes de um holocausto gigantesco e perderas suas familias, posses...sua base.

Outros são angustiados por não terem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades básicas de sobrevivência, outros, por não terem dinheiro suficiente para satisfazerem suas "necessidades"de atingir determinado status e chamar atenção para si mesmos.

Alguns são angustiados por não saberem lidar com o forte sentimento de insegurança gerado pelas incertezas da vida.

E também, existem aqueles que são angustiados por não alcançarem seus objetivos e serem obrigados a lidar com frustrações constantes.

Quem somos nós para julgar os sentimentos e razões do próximo. Não convivemos com a realidade do outro, não temos conhecimento de seu mundo.

Independente de qual seja o motivo, é muito complicado lidar com esse sentimento obscuro e sinistro que nos domina de tal forma, que acaba com nossa energia e pode nos colocar em um circulo vicioso de sentimentos depressivos sem fim.

Ficamos angustiados => O stress nos domina => Nossas forças são consumidas por coisas negativas => Nossos objetivos ficam cada vez mais inatingíveis => Ficamos frustrados => Ficamos angustiados...e assim continua.

Felizmente, existem saídas.

E cabe a nós mesmos lutarmos para encontrar a luz.